Infelizmente ele não vai ler esse texto,quem sabe um dia eu mostre,ou ele descubra... Hoje quero falar do meu PAI,assim,com letras maiúsculas como ele é para mim:grande,forte... Vira e mexe vejo um filme que me deixa assim, mais sensivel as questões familiares, e ainda mais ligada a essa figura tão forte na minha vida. Acabei de assistir O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS, um doc sobre o compositor Humberto Teixeira (parceiro de Luiz Gonzaga). O filme fala sobre ele sim, mas não é só isso...Fala da busca de uma filha pela sua própria identidade através da história do pai (nesse caso a atriz Denise Dumont,que nos anos 80 estava sempre na tv, lembra dela ...). Felizmente não preciso descobrir o meu pai, seu Afonso, mas sim redescobri-lo. Acho que nunca disse nada disso a ele, bem que queria, assim como sentar no colo, choramingar dizer o quanto gosto dele.Mesmo sem esse afeto físico papai sempre está muito presente e,assim como a Denise,também tenho todas as minhas referências nele. Como esquecer a primeira ida ao cinema - que me transformou nisso que sou hoje - no orgulho dele (mesmo que tímido e sem muito espalhafato) a cada conquista e também das brigas, dos salvamentos (a cada pneu que furou e ele foi lá me buscar!). Só sei que ao ver O HOMEM... mais do que me encantar com os relatos de gente tão bacana na história da música brasileira (e também internacional) e conhecer um pouco mais da história e dos personagens desse nosso pais... Minha maior descoberta foi saber que PAI é uma coisa boa demais, mesmo que eles enlouqueçam a gente,não entendam nada do que a gente faça e mesmo assim nos amem incondicionalmente. Não adianta,queria falar mais sobre o filme e tô aqui falando do que ele me fez sentir... Afinal, não dá para sair impune de alguns filmes e esse é um belo exemplo !
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